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  • Foto do escritorDra. Maithê

Monitoramento da glicose evita as complicações da diabetes

Atualizado: 1 de abr.


Prevenção do câncer de tireoide
Evolução no monitoramento da doença

Nas últimas décadas, a diabetes aumentou muito no Brasil, levando o país à quinta colocação em termos de incidência, com 16,8 milhões de adultos acometidos. De acordo com dados do Atlas do Diabetes da Federação Internacional de Diabetes (IDF), a doença deve atingir 21,3 milhões de brasileiros até 2030.


A diabetes é caracterizada pelo excesso de glicose no sangue decorrente da redução ou deficiência na produção de insulina pelo pâncreas em 90%, entre outras fisiopatologias , segundo octeto de Defronzo .Os tipos 1 e 2 (95% dos casos) são os mais conhecidos e predominantes . Entretanto, existem outros tipos que precisam ser diagnosticados, tais como o MODY, LADA e o tipo 3 ( resistência insulínica cerebral), pois requerem tratamentos diferenciados.


A diabetes não tratada pode ocasionar sérios problemas à saúde tais como cegueira, amputações, problemas cardíacos, AVC e até mesmo o coma. Por isso, a medicina evoluiu bastante nos últimos anos tanto para evitar esses riscos quanto para proporcionar uma melhor qualidade de vida aos pacientes.


Alguns dos principais avanços nessa direção ocorreram na forma de tratar a doença e no modo de monitorar a glicemia. Hoje, os pacientes diabéticos contam com diversos dispositivos de alta tecnologia que garantem o controle da doença, chegando a permitir a prática de esportes de maior intensidade. Esse é o caso da influenciadora digital e atleta M.B conforme relatado na sequência.


O incidente


Aos 15 anos, M.B. ficou internada por 20 dias após entrar em coma por excesso de glicose na corrente sanguínea - quadro que se chama cetoacidose.


Após o diagnóstico, ela. e a família reconheceram vários sintomas que a atleta já vinha apresentando até então, sem que ninguém associasse isso ao advento da diabetes.

“Sentia muita sede, urinava demais, tinha visão turva, cansaço e era demasiadamente magra, mesmo me alimentando bem. Achávamos que este quadro se explicava pelo fato de que eu praticava muitos esportes, pois não tínhamos muita informação na época”, relembra.


No período em que conviveu com os sintomas, o corpo de M.B. teve uma descompensação da glicemia e ela começou a passar mal com dor abdominal e vômitos, culminando com a cetoacidose e o coma.


O tratamento


O evento de cetoacidose aconteceu há 22 anos e, desde então, ela faz o tratamento para diabetes tipo 1 com insulinoterapia.

Segundo M.B., a aceitação da doença é crucial para manter a disciplina em todas as frentes terapêuticas, que envolve alimentação, exercício, monitoramento da glicemia e o uso da insulina.


“Quando fui diagnosticada com diabetes, o médico receitou a insulina, mas me falou que se eu conseguisse aliar ao tratamento uma boa alimentação e exercício físico, minha vida seria mil vezes melhor”.


A partir daí, M.B. conseguiu se encontrar na caminhada, na peregrinação e na bicicleta. “São esportes que passei a fazer por prazer, porque eu gosto de estar na natureza e com amigos”, conta.


Ela chegou a pedalar percursos de 70 km e já fez caminhadas de 112 km em 4 dias, além de fazer parte do primeiro grupo de peregrinos diabéticos do mundo, que foi reconhecido pelo Ministério do turismo.


Para praticar estes esportes, entretanto, a atleta conta com acompanhamento médico constante, a fim de monitorar a glicose e cuidar da alimentação para evitar a hipoglicemia.


O monitoramento da glicose


Desde que foi diagnosticada, M.B. vem acompanhando a evolução no monitoramento e tratamento da doença.


Inicialmente, ela usava o exame da ponta do dedo para coletar o sangue para fazer a dosagem glicêmica. Hoje, ela utiliza um sensor acoplado no braço que indica os níveis de glicemia e que são compartilhados através de um aplicativo no relógio ou no celular.


O sensor apita quando os níveis não estão bons e permite que ela ajuste a quantidade de insulina necessária no momento, minimizando o risco de uma hipoglicemia.


Além disso, M.B. não usa mais seringas para aplicação da insulina, pois já está adaptada à bomba de insulina, que é um pequeno aparelho computadorizado que libera insulina de forma contínua e de acordo com suas necessidades ao longo das 24 horas do dia.


O aparelho é acoplado à cintura e fica conectado ao corpo através de uma pequena cânula com uma agulha flexível no abdômen. “Foi um avanço surreal em termos de tecnologia. Não preciso mais picar o dedo e posso acompanhar os níveis de glicemia pelo meu relógio”, finaliza.






Prefiro discar:

Whatsapp Dra. Maithê: (11) 94542-8600




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