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  • Foto do escritorDra. Maithê

Diabético deve redobrar cuidados durante a pandemia

E o pré-diabético também precisa se precaver, se estiver nesta condição há muitos anos.


Hipertensão
É fundamental manter a doença sob controle ao longo da pandemia

A gripe gerada pelo coronavírus apresenta maior possibilidade de complicação para o diabético, pois a exposição do organismo a episódios de hiperglicemia tende a gerar, ao longo do tempo, processos inflamatórios que contribuem com a diminuição da imunidade.

Assim, o isolamento social deste paciente é muito importante durante a pandemia.

No Brasil, a prevalência do diabetes é alta, chegando a atingir 16 milhões de pessoas e, por isso, é indispensável abordar este tema junto à população.

Para o diabético, é fundamental manter a doença sob controle ao longo da pandemia, pois, em um eventual contágio, as dificuldades serão menores se as taxas de glicose estiverem em equilíbrio. Para isso, basta seguir com rigor as recomendações em relação a medicamentos, alimentação e exercícios físicos.

Enquanto durar a ameaça de contágio, os pré-diabéticos também precisam redobrar a atenção, caso estejam nesta condição há muitos anos, pois, neste caso, a imunidade pode estar afetada pela persistente inflamação dos tecidos ao longo do tempo.

Outro grupo que precisa tomar mais cuidado para não se expor ao coronavírus é composto pelos imunodeprimidos, uma vez que possuem uma defesa mais frágil para lutar contra a doença, em caso de infecção. São pacientes com doenças autoimunes como lúpus, artrite reumatoide e outras, além de portadores de HIV ,usuários de imunossupressores, asmáticos, pessoas em tratamento de quimioterapia, portadores de doença pulmonar obstrutiva crônica, bronquite, cardíacos etc.


Perguntas do público

1 – Uma pessoa com o diabetes controlado tem mais risco de complicações durante a gripe provocada pelo coronavírus?

Em teoria sim, tendo em vista que episódios ocasionais de descontrole, ainda que já superados, podem impactar a imunidade no momento presente.

Além disso, a pessoa precisa se certificar de que o diabetes está de fato controlado, pois os níveis de glicose variam muito ao longo do dia. Hoje existem dispositivos que, quando colocados na pele do braço, verificam a glicemia minuto a minuto, obtendo uma curva perfeita ao longo das 24 horas.

2 – Quem tem mais de 65 anos deve solicitar ao médico alguma mudança nas medicações durante a pandemia?

Alguns medicamentos não devem ser tomados em caso de infecção pelo coronavírus como o Ibuprofeno. Também foram divulgadas notificações sobre remédios de hipertensão como Bloqueadores da enzima de angiotensina : BRAS e inibidores de Enzima Conversora de Angiotensina - ECA. Não há diretriz de parar esses medicamentos , somente em alguns casos de gravidade. Assim, quem faz uso desses medicamentos não deve parar de usá-los . Deve buscar orientação a fim de verificar se há possibilidade de troca, sobretudo se houver infecção pelo coronavírus.

No caso da diabetes, nenhum medicamento precisa ser suspenso.

3 – Qual a recomendação para quem não pode cumprir a quarentena, por exercer atividade essencial, e precisa conviver em uma mesma casa com um idoso?

Nestas condições, a pessoa que trabalha deve seguir todas as recomendações. Quando chegar em casa, por exemplo, deve deixar os sapatos do lado de fora e ir direto para um banho completo, sem encostar na parede ou sentar em qualquer lugar. As roupas retiradas devem ser colocadas numa sacola ou saco plástico para serem lavadas. Anéis e brincos também podem ser infectados e, por isso, devem ser evitados. Além disso, convém tirar a barba e manter os cabelos presos.

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