O quadro pode evoluir para cirrose e se tornar irreversível.

A esteatose hepática, conhecida como gordura no fígado, acomete 7 em cada 10 pessoas.
O seu diagnóstico pode ser classificado de 3 maneiras:

Grau 1
O fígado fica tal como uma picanha, com uma gordura em volta. As pessoas não sentem qualquer sintoma.

Grau 2
A gordura começa a invadir e inflamar as células do fígado. Os principais sintomas que começam a aparecer são: dores abaixo da costela, náuseas, enjoo e inchaço na barriga.

Grau 3
As células inflamadas já estão comprometidas, 20% delas apresentarão estrato hepatite não alcoólica ( NASH) de a ponto de provocar cirrose. Em 5% dos episódios, o quadro evolui para câncer. Em ambos os casos, o único tratamento possível é o transplante. Nessa fase, o paciente pode apresentar fezes esbranquiçadas, barriga inchada, cansaço e dor de cabeça constante além de pele e olhos amarelados.
Assim, a esteatose pode evoluir para um quadro grave e irreversível. Por isso é tão importante o seu tratamento, bem como a prevenção.
As principais causas da doença são a má alimentação, sedentarismo e obesidade - sobretudo em relação ao excesso de gordura na região abdominal.

9 Mitos e verdades:
1. Pessoas com gordura no fígado são mais propensas ao diabetes.

Verdade.
O fígado com gordura aumenta a resistência insulínica e diabetes. O inverso também é verdadeiro: o diabético tem maior chance de ter gordura no fígado.
2. O diagnóstico de esteatose deve ser confirmado com biopsia.

Mito.
Hoje, o diagnóstico é possível por meio de exames de sangue e imagem. O mais moderno é a elastografia hepática, que revela se há fibrose.
3. Perda de peso muito rápida causa esteatose hepática.

Verdade.
O emagrecimento acelerado pode induzir o fígado a realizar um processo de filtragem igualmente rápido, aumentando o risco de acúmulo de gordura no local. Nesse tipo de caso, o órgão deve ser protegido com medicamentos.
4. Medicamentos não revertem a gordura no fígado.

Mito.
Hoje, existem medicamentos para a esteatose de graus 1 e 2.
5. Alguns alimentos ajudam a evitar o acúmulo de gordura no fígado.

Verdade.
Existem algumas evidências de que os alimentos com ômega 3 ajudam a reverter a esteatose: peixe, oleaginosas, amêndoas, nozes, castanhas, azeite de oliva extra virgem e outros. O que não pode: gordura saturada como lanches, frituras, salgadinhos, embutidos e outros.
6. O transplante pode funcionar, em caso de cirrose por esteatose.

Verdade.
Hoje em dia, a sobrevida é de 80% em três anos.
7. Se tenho esteatose grau 1, é possível que eu tenha de interromper o anticoncepcional.

Verdade.
O uso de alguns anticoncepcionais pode agredir o fígado, acentuando o quadro de esteatose. O mesmo pode ocorrer com anabolizantes, corticoides e esteroides. Por isso, nesses casos, o médico precisa ser consultado.
8. A esteatose pode prejudicar a absorção de medicamentos para o coração.

Verdade.
O fígado pode perder sua capacidade de filtrar esses remédios. Por isso, os pacientes cardíacos precisam tomar um cuidado redobrado com a gordura visceral. Para esses, cada centímetro que se perde na cintura, o risco de infarte diminui em 2%.
9. O exame para saber o grau da gordura no meu fígado é caro e sofisticado.

Mito.
O exame de elastografia hepática tem cobertura de grande parte dos convênios médicos.
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